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Casa Comum das Tertúlias

Blog da CCT. Espaço de intervenção e de reflexão. Aqui a Cultura e a Democracia são as prioridades. Participem.

domingo, fevereiro 05, 2012

Texto sobre apresentação de um livro em ambiente de tertúlia*

O jornalista, meu amigo e habitual tertuliano da Casa Comum das Tertúlias, Dr. Jorge Manuel Costa, partilhou no seu mural do Facebook o texto que se segue ilustrado com fotografia também da sua autoria, pedi-lhe para o reproduzir num dos blogues da Casa Comum das Tertúlias, o que agora faço:


Em ambiente semelhante às tertúlias que o próprio durante anos promoveu em Castelo Branco (fui orador em algumas delas), assim decorreu a apresentação pública de "Manifestos Contra o Medo", antologia de uma intervenção cívica que reúne grande parte dos artigos escritos e publicados na imprensa local e na blogosfera por Luís Norberto Lourenço (LNL).

Louvando a frontalidade e verticalidade do pensamento do cidadão albicastrense, assumido socialista, republicano, democrata e laico, bem como a ousadia deste em defender valores que "parecem fora de moda", Luís Raposo, director do Museu Nacional de Arqueologia e autor do prefácio, lembrou que "o medo de não se poder dizer o que se pensa é a maior das doenças. E quando não se tem independência, não se é livre".

Na mesma linha, António Borges, da Universidade Fernando Pessoa, defendeu a importância de agir "contra o medo da palavra que castra a razão e a vontade". Destacando o modelo participativo de LNL (a que Lopes Marcelo, entre a assistência, chamaria de "cidadania de proximidade"), o docente defende que o livro do também professor "não é apenas uma expressão individual", mas o exemplo "de alguém que se preocupa com a comunidade". E ainda que "a cidade só se faça com a expressão livre de cada um de nós", admite que "pensar desta maneira é hoje um acto de coragem".

Já o historiador Pedro Salvado destacou a "atitude cultural crítica" de LNL, o combate permanente deste ao medo e à opacidade através das "narrativas dos paradoxos das duras realidades", e a sua capacidade em apontar caminhos, ainda que por vezes em discórdia com militâncias. "Para o Luís há sempre outra possibilidade entre o labirinto e a noite. Castelo Branco é o seu amor e o seu ódio." E reforçou a importância de intervir publicamente e de viva voz, "quando a discordância é assumida como falta de etiqueta" e "pensar e criticar é uma solidão". Contudo, como "a crítica é a expressão viva da dúvida, um perigo", toda a ambição de mudança tem os seus custos. "O preço da liberdade será a eterna vigilância."


Nota editorial:
Título e links da minha responsabilidade.

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1 Comments:

At 1:21 da tarde, Blogger Miguel Pestana said...

ola boa tarde caro Norberto,

Já reparei que é um adicto dos livros..

Gostei e voltarei a este blog :)

Abraço


silenciosquefalam.blogspot.com

 

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